14 novembro 2009

Pensamentos dispersos

Agora impelido por pensamentos dispersos, eu escrevo, sem saber porque, sem vislumbrar um chegar. Confesso que não gosto de escrever assim, guiado por marés incertas e imprecisas - aprecio aquela escrita do meio fio da estrada, o horizonte seguindo longe mas ainda ao pé da vista, tudo bem orquestrado na ponta da vareta mágica. Mas como a escrita ideal não me vem sempre, fico submerso nessas cinzas obscuras, que de tão cinzas fazem-se púrpuras, e rubras às madames gueixas...
Espero que ao menos, podem ser poucos, olhos alheios tenham o cuidado de extrair alguma coisa de onde nada há - e é assim que se constituem os escritores, refletindo os outros no mundo opaco de suas páginas. Mas fazer qualquer coisa, escrever, pintar, mascar, é fazer alguma coisa, desde que haja a disposição sincera dos sentidos. Assim sendo, que me ocorram os pensamentos dispersos, que sob a luz sincera dos sentidos, podem encaminhar os destinos de muita gente!

Um comentário:

  1. Disperso? huahahahah É, td realmente depende da interpretação de cada um... Muito bom texto!
    Um dia tentei escrever sobre isso, mas nem eu entendi depois o que eu queria fazer...

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